Nesta sexta-feira (19), estivemos na AACD de Pernambuco para organizar, junto com a Sociedade Brasileira de Genética Médica , um mutirão de atendimentos para dezenas de crianças portadoras de microcefalia. Esta ação é para avaliar a extensão dos danos neurológicos associados ao vírus da zika. Médicos de Pernambuco, Ceará e São Paulo estão participando desta força-tarefa.
Segundo o coordenador nacional de atendimento da AFAG, Fábio Marques, que participou da organização dos trabalhos em Recife a situação pede eficiência. “A situação que vivemos em Pernambuco já vem sendo amplamente divulgada na imprensa nacional, porém na realidade das famílias e pacientes é muito mais grave, especialmente pela falta de informação. O momento requer muita ação, pesquisa e cuidados com as as crianças e também seus familiares. Há profissionais muito qualificados empenhados em colaborar pelo avanço nas informações sobre o desenvolvimento desta condição. É o futuro das nossas crianças que está em pauta”.
Na primeira parada, no Recife, o mutirão já examinou 40 crianças. Os bebês que estão sendo avaliados pelos médicos foram selecionados pela Fundação Oswaldo Cruz em pesquisas anteriores sobre a microcefalia. Depois de Pernambuco, o mutirão vai para outros estados do Nordeste: Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O grupo vai fotografar, fazer exames clínicos, de sangue, de imagem e acompanhar os bebês selecionados nesses estados para entender a evolução do que os médicos chamam de síndrome congênita do vírus da zika.
De agosto do ano passado até o último dia 13 de fevereiro foram notificados 1.546 casos de microcefalia só em Pernambuco.